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http://hdl.handle.net/11067/865
Título: | Da consciência do lugar em arquitectura - a poética do silêncio : o convento como arquétipo |
Autor: | Salvador, Tiago Gomes Monge, 1986- |
Orientador: | Braizinha, Joaquim José Ferrão de Oliveira, 1944- Azevedo, Orlando Pedro Herculano Seixas de, 1963- |
Palavras-chave: | Lugar (Filosofia) na arquitectura Conventos Arquitectura religiosa |
Data: | 14-Abr-2014 |
Resumo: | A consciência do lugar afirma-se imprescindível ao arquitecto. Entidade física e fenomenológica, o lugar é entendido como fundamento ontológico da arquitectura, princípio originário, poética fecunda do acto criador. É a crença no acto projectual como gesto reflexivo e emotivo, despoletado por um olhar revelador das propriedades em imanência no sítio, na procura do lugar. A obra de arquitectura é expressão indelével da vivência do seu autor. Cada obra edifica a sua teoria. Em posição antagónica ao ruído vigente, entende-se que uma posição de silêncio conduzirá a uma arquitectura de resultado silencioso. O silêncio é o modo como o espaço se faz sentir em quem o habita. O desenho afigura-se como um registo de sentido depurador que, na emoção que transporta, filtra a realidade, eliminando o supérfluo, num desvelar da essência e da substância, da verdade e do valor. Capta e transmite o silêncio como expressão de uma arquitectura de emoção. Um silêncio ao nível da ética, da poética e da estética. É a recusa da arquitectura subsidiária da mediatização, superando a hegemonia da visão e a consequente sobrevalorização da imagem numa manifesta vontade de pensar a arquitectura multisensorial, de íntima relação com os lugares e com quem os habita, na procura do belo e do sublime: a poética do silêncio. A experiência projectual vivida em Projecto III confere o mote: o feliz encontro com um lugar conventual a intervir desperta o interesse no convento como arquétipo da relação arquitectura-lugar-silêncio. Edifícios de vanguarda por excelência, os conventos instituíram novos mundos - estruturando o território, marcando a paisagem, transformando sítios, construindo lugar. E o lugar por eles criado é um lugar particular. Nascido do silêncio fecundo, traz à luz um outro silêncio: o da inefabilidade da experiência sensível que despoleta e a que conduz. É o edificar da aura, que os perpetua no tempo e afirma a sua irreprodutibilidade na relação com o lugar. |
Descrição: | Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2014 Exame público realizado em 2 de Abril de 2014 |
URI: | http://hdl.handle.net/11067/865 |
Tipo de Documento: | Dissertação de Mestrado |
Aparece nas colecções: | [ULL-FAA] Dissertações |
Ficheiros deste registo:
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