Fatores protetores na diabetes mellitus tipo 1 : intervenção do assistente social junto de adolescentes e suas famílias

Abstract

A dissertação intitulada “Fatores Protetores na diabetes mellitus tipo 1: intervenção do Assistente Social junto de adolescentes e suas famílias” apresenta um estudo que tem como objetivos identificar e compreender os fatores protetores dos adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e conhecer a perceção sobre as práticas dos assistentes sociais a intervir com adolescentes, em contexto de saúde, na promoção dos fatores protetores e os desafios que se colocam no seu exercício profissional. Este é um estudo predominantemente qualitativo, com recurso a diferentes técnicas e tipos de fontes diversificadas para a recolha de dados: consulta dos processos dos adolescentes com DM1, entrevistas a adolescentes entre os 12 e os 16 anos com DM1, grupo focal com Assistentes Sociais a intervir em contexto hospitalar, na especialidade de pediatria. Para o tratamento destes dados, optou-se pela análise de conteúdo para os dados qualitativos e pela análise estatística para os dados quantitativos. Foi possível concluir que existem divergências entre as perceções dos adolescentes e das assistentes socais relativamente aos fatores protetores na DM1, na adolescência. Na opinião dos adolescentes, os fatores protetores individuais e familiares encontram-se assegurados, o mesmo não se passando com os fatores protetores comunitários, nomeadamente, a escola. Na perceção das assistentes sociais, qualquer destes três subgrupos de fatores protetores apresentam lacunas.

The dissertation entitled "Protective factors in type 1 diabetes mellitus: intervention by social workers with adolescents and their families" presents a study that aims to identify and understand the protective factors in adolescents with type 1 diabetes mellitus (DM1) and to understand the practices of social workers intervening with adolescents in a health context to promote protective factors and the challenges they face in their professional practice. This is a predominantly qualitative study, using different techniques and different types of sources for data collection: consultation of the files of adolescents with DM1, interviews with adolescents aged between 12 and 16 with DM1, focus groups with Social Workers working in a hospital setting, in the paediatric speciality. To process the data, we opted for content analysis for the qualitative data and statistical analysis for the quantitative data. It was possible to conclude that there are differences between the perceptions of adolescents and social workers regarding protective factors in DM1 in adolescence. In the opinion of the adolescents, the individual and family protective factors are in place, while the community protective factors, namely school, are not. In the opinion of the social workers, any of these three subgroups of protective factors have gaps.