A linguagem clássica nos movimentos arquitectónicos

Abstract

O objectivo deste trabalho não era o encontrar de uma resposta definitiva para a questão da posição da linguagem clássica na arquitectura moderna, mas sim encontrar um ponto de reflexão que pudesse congregar as diferentes posições sobre este tema. A abordagem a realizar teria de ser dentro da pesquisa histórica. A história da arquitectura lida, em diferentes visões, permitiu o contacto com diferentes correntes historicistas e o contacto com elementos valiosos e pedagógicos que tantas vezes faltam na formação do arquitecto. O arquitecto forma-se pelo seu génio mas também pelos momentos históricos que vive e o impressionam (mesmo que no passado). Só no desenvolvimento interdisciplinar se encontra o leitmotiv para o desenvolvimento da cultura e formação do arquitecto. A pesquisa teve de ser iniciada pela consulta exaustiva de diferentes histórias da arquitectura procurando manter uma posição de não envolvimento teórico, o que se revela muito difícil. Mas factos são factos e a história é uma ciência que lida com o mais genial: a criação humana. Segundo o paradigma clássico da produção da Arquitectura, existiria um tempo de concepção baseado num conhecimento tácito e empírico associado à sua transmissão numa relação mestre/discípulo (da formação ao exercício da profissão) e num "tempo da mão" associado aos próprios meios operatórios e operativos de suporte da concepção. O fenómeno de uma certa centralização do trabalho no mestre, não deixa de participar no condicionamento da clássica "lentidão" do processo de concepção. Nos nossos dias, a introdução sucessiva de princípios de industrialização na construção, faz com que o próprio projecto se envolva progressivamente com uma sistematização e indiferenciação de muitos dos detalhes utilizados, o que permite uma enorme racionalização dos tempos de concepção e produção dos projectos. A adopção em massa dos meios informáticos também influencia a criação arquitectónica. Foi entre estes dois mundos que se desenvolveu o meu trabalho.