O bem-estar como fator de proteção

Abstract

Objetivo: A presente investigação sustenta o estudo da relação entre as virtudes e o bem-estar subjetivo ao nível das características sociodemográficas na população normativa. Metodologia: Metodologia quantitativa inserida num projeto com design longitudinal, mas tendo em conta que serão utilizados dados apenas de um dos vários momentos de avaliação, o design desta investigação é transversal. Participantes: Participaram 856 indivíduos com idades superiores aos 16 anos. Esta amostra deriva do método “snowball”. Instrumentos: Foi utilizada a versão portuguesa da Positive and Negative Affect Schedule (PANAS), o World Health Organization Quality of Life – Brief (WHOQOL-Brief) e o Values in Action (VIA Survey-72), bem como um questionário sociodemográfico. Resultados: Revelaram diferenças estatisticamente significativas ao nível da virtude da humanidade, da justiça e do bem-estar subjetivo em função do género. Bem como, diferenças ao nível da justiça e da temperança em função do estado civil. E ainda, diferenças ao nível da sabedoria, da justiça e do bem-estar subjetivo em função da escolaridade. Conclusão: A ideia de agarrar uma perspetiva positiva da psicologia, ainda mais do que nos focarmos na doença e no défice, é igualmente importante avaliar, questionar e debater os fatores que contribuem para o bem-estar dos indivíduos. Neste estudo, as virtudes parecem apresentar fatores cruciais na perceção subjetiva do bem-estar.

Abstract: Objective: This research supports the study of the relationship between virtues and subjective well-being at the level of sociodemographic characteristics in the normative population. Methodology: Is characterized by a quantitative methodology inserted in a project with longitudinal design but considering that data will be used only from one of the several moments of evaluation, the design of this research is transversal. Participants: 856 individuals aged over 16 years participants. This sample is derived from the “snowball” method. Instruments: We used the portuguese version of the Positive and Negative Affect Schedule (PANAS), the World Health Organization Quality of Life – Brief (WHOQOL-Brief) and the Values in Action (VIA Survey-72), as well as a sociodemographic questionnaire. Results: They revealed statistically significant differences in terms of the virtue of humanity, justice, and subjective well-being according to gender. As well as differences in the level of justice and temperance depending on marital status. And yet, differences in terms of wisdom, justice, and subjective well-being as a function of individuals educational level. Conclusion: The idea of taking a positive view of psychology, even more than focusing on disease and deficit, is equally important to question and debate the factors that contribute to the well-being of individuals. In this study, the virtues seem to present crucial factors in the subjective perception of well-being.