Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/532
Título: Indisciplina na sala de aula : que realidade? (estudo exploratório)
Autor: Ferrinho, Maria Teresa Nunes, 1973-
Orientador: Pires, Maria Adelaide Gregório dos Santos da Fonseca, 1939
Palavras-chave: Disciplina escolar - Portugal - Amadora
Sala de aula - Ambiente - Portugal - Amadora
Estudantes do ensino básico - Portugal - Amadora
Data: 2012
Resumo: Sendo uma preocupação de sempre, a indisciplina escolar constitui, hoje, uma inquietação de professores, pais e todos os que refletem sobre a realidade escolar. O fenómeno pode revestir realidades de ordem muito diferentes, variando em termos de amplitude, intensidade, frequência e gravidade. Para muitos professores não tem sido fácil manter a ordem na sala de aula. Combater os maus comportamentos será um dos desafios que se coloca a toda a comunidade escolar - alunos, professores, escola, pais, políticos e sociedade em geral - que poderão ser apontados como responsáveis nesta problemática. Tendo por base estas considerações, procurámos refletir sobre esta temática e conhecer as representações dos alunos, dos professores e dos pais/encarregados de educação. Optámos por um estudo exploratório, de natureza quantitativa e cuja recolha de dados foi efetuada através de inquéritos desenvolvidos para o presente estudo e aplicados numa escola básica de 2.º e 3.º ciclos da rede pública nacional, na área metropolitana da Amadora. A partir dos dados obtidos, pudemos analisar o conceito de indisciplina na sala de aula, algumas das suas causas, o conhecimento e cumprimento do regulamento interno e das regras da aula por parte dos alunos e, ainda, qual deve ser a atuação de professores e pais perante os comportamentos indisciplinados dos alunos e educandos. A análise dos resultados permitiu constatar, que os inquiridos dão importância ao fenómeno estudado, associando-o a comportamentos como: agredir fisicamente ou verbalmente o professor ou os colegas, uso de palavras ou de gestos ofensivos, não respeitar o professor ou os colegas, desobediência e perturbação das atividades da aula, entre outros. Atribuem a responsabilidade dos problemas disciplinares não só aos alunos e às suas famílias, mas também, e embora de forma menos significativa, à sociedade e aos professores. Apontam diversos motivos que podem propiciar o seu aparecimento, nomeadamente: as políticas educativas demasiado permissivas, a desvalorização da utilidade da escola, os pais desinteressados das questões escolares, a falta de apoio e de afeto por parte dos pais, o insucesso escolar, os currículos e programas sem interesse, os professores demasiado permissivos e com dificuldades em lidar com situações de conflito, o consumo de álcool ou de drogas, e a influência de alunos perturbadores. Os conselhos aos professores e aos pais passam, essencialmente, pelo estabelecimento e supervisão de regras e diretrizes, nunca devendo ignorar/desculpar condutas desajustadas. O grau de concordância relativo aos comportamentos de desvio às regras de trabalho na sala de aula difere significativamente entre os três grupos em estudo (alunos, professores e pais/encarregados de educação) em todos os aspetos avaliados. Em relação aos comportamentos perturbadores da relação entre alunos foi possível verificar diferenças significativas entre os três grupos, exceto para a conduta uso de palavras ofensivas que obteve um grau de concordância muito semelhante. Quanto à concordância relativa aos vários comportamentos da relação professor/aluno os resultados obtidos apontam para a existência de diferenças significativas nos vários aspetos associados, com a exceção da questão relacionada com as agressões físicas aos professores, em que se verifica um nível de concordância muito próximo. A indisciplina existirá sempre mas acreditamos que, com regras, responsabilidade, esforço e sem facilitismos, é possível atenuá-la.
Descrição: Dissertação de mestrado em Ensino de matemática no 3.º ciclo do ensino básico e no ensino secundário, Universidade Lusíada de Lisboa, 2012
Exame público realizado em 28 de Março de 2012
URI: http://hdl.handle.net/11067/532
Tipo de Documento: Dissertação de Mestrado
Aparece nas colecções:[ULL-FCEE] Dissertações

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