A força da paisagem na arquitectura portuguesa

Abstract

Este trabalho tem o objectivo de perceber a importância da relação dos arquitectos e da arquitectura portuguesa com a paisagem e com o lugar. Começando com uma análise das influências filosóficas e arquitectónicas estrangeiras, passando por uma pequena retrospectiva da arquitectura portuguesa e da arquitectura vernacular, terminando com o estudo de três casos em que a obra se relaciona com o meio envolvente. Desde sempre que a Natureza está presente nas nossas vidas. A arquitectura portuguesa, consciente ou inconsciente, sempre teve a preocupação de se relacionar com o meio envolvente. Esta preocupação está intrínseca numa série de conhecimentos e de influências que derivam não só da arquitectura, mas também das restantes artes. Foram escolhidos três casos de estudo que demonstra três diferentes relações para com a paisagem. O Convento da Arrábida é um excelente exemplo desta relação entre a paisagem e a construção formando um diálogo poderoso e complementar entre si. A própria construção torna-se paisagem e a paisagem não faz sentido sem a construção. O arquitecto Álvaro Siza Vieira, com a casa de chá, tentou procurar construir na paisagem, enquanto o arquitecto Eduardo Souto de Moura, na casa de moledo, procurou construir a paisagem. É uma das grandes diferenças entre estes arquitectos, enquanto o Convento da Arrábida tem essas duas características.