O limite, o espaço e a paisagem em obras de Manuel Tainha

Abstract

A presente dissertação propõe uma reflexão sobre temas centrais da arquitetura de Manuel Tainha, pretendendo explorar e investigar o modo como o arquiteto os aplica nas obras estudadas. De modo a destacar a sua importância na qualificação, perceção e experimentação do espaço arquitetónico, clarificasse como estes se relacionam entre si e a sua contribuição para a qualidade global da obra. O projeto de um edifício não é mero estudo da distribuição do espaço interior. Abrange toda a conceção arquitetónica do edifício envolvendo a interação com o espaço exterior - a paisagem - que poderá constituir-se como seu prolongamento ou quebra. Para que os conceitos de interior e exterior possam coexistir, é necessário haver um elemento de separação, a parede. Este é o ponto de mudança, de transição interior/exterior, é a fronteira que se assume como limite do espaço. O espaço legitima e separa a obra arquitetónica das outras obras de arte, é onde o Homem experiencia as suas vivências e vê refletidas as suas necessidades de abrigo e de proteção. A investigação dos temas foi executada pela vivência das obras, dela obtendo dados para a compreensão da arquitetura de Manuel Tainha e extraindo lições para execução de arquitetura em sintonia com o Homem e o ambiente.