A influência do espaço nas experiências multissensoriais : os géneros e a Arquitetura : perspetivas de inclusão

Abstract

A presente dissertação destaca a crescente relevância da componente emocional na arquitetura, um tema que tem vindo a ser tornar cada vez mais crucial à medida que a nossa compreensão da relação entre o ser humano e o ambiente construído evolui. A mudança de paradigma, da visão cartesiana da separação entre mente e corpo para a visão integrada de Damásio, é particularmente significativa neste contexto. Ao reconhecer que as emoções e os sentimentos desempenham um papel vital na experiência arquitetónica, ressalta-se a necessidade de considerar o homem como um ser completo, onde mente e corpo estão interligados. Esta compreensão mais profunda da natureza humana tem implicações significativas na conceção arquitetónica. Os espaços que criamos não são apenas objetos físicos, mas também influenciam o nosso estado emocional, pensamentos e comportamentos. Ao entender como diferentes ambientes afetam as nossas emoções, podemos projetar espaços que promovam o bem-estar mental e emocional. Pretende-se não só analisar as teorias, mas também oferecer uma aplicação prática destes conceitos na arquitetura. Isto é crucial, pois incentiva a considerarmos não só a funcionalidade e estética, mas também o impacto emocional dos espaços que criamos. Este enfoque sensível e centrado no ser humano é essencial para o futuro da arquitetura, pois promove o enriquecimento dos espaços traduzindo-se no campo emocional de quem os vai utilizar.

This dissertation highlights the growing relevance of the emotional component in architecture, a topic that has become increasingly crucial as our understanding of the relationship between humans and the built environment. The paradigm shifts from the cartesian view of the separation between mind and body to Damasio´s integrated perspective is particularly significant in this context. By recognizing that emotions and feelings play a vital role in the architectural experience, the need to consider humans as complete beings, where mind and body are interconnected, is emphasized. This deeper understanding of human nature has significant implications in architectural design. The spaces we create are not just physical objects; they also influence our emotional state, thoughts, and behaviors. By understanding how different environments affect our emotions, we can design spaces that promote mental and emotional well-being. The aim is not only to analyze theories but also to provide a practical application of these concepts in architecture. This is crucial as it encourages us to consider not only functionality and aesthetics but also the emotional impact of the spaces we create. This sensitive, human-centered approach is essential for the future of architecture as it promotes the enrichment of spaces, translating into the emotional realm of those who will use them.