Musicoterapia com adolescentes na Escola Básica Integrada Manuel da Maia

Abstract

O presente relatório de estágio em musicoterapia retrata o trabalho realizado na escola Manuel da Maia entre 2022 e 2023. O estágio foi realizado com adolescentes do 2º ciclo, selecionados por apresentarem comportamentos inadequados em sala de aula, agressividade (sofrendo ou praticando bullying), desmotivação e/ou diagnósticos tais como a PHDA. Os desafios próprios desta fase do desenvolvimento são resumidos como: consolidar a identidade, obter maior competência social, e aprender a autorregular-se emocionalmente. Partindo da referência de musicoterapeutas que trabalham com adolescentes em contexto escolar, e dos objetivos da Manuel da Maia, realizaram-se semanalmente sessões individuais e de grupo, das quais destacam-se dois estudos de caso. Conclui-se que estratégias que conjugam liberdade e controle, como a improvisação musical, podem ser efetivas no trabalho com adolescentes em contexto escolar. A partir da improvisação, minimizaram-se em alguns casos a desmotivação e a agressividade, além de sintomas de PHDA, promovendo em ambos os estudos de caso a autoexpressão, a competência social e a regulação emocional.

This music therapy internship report portrays the work carried out at the Manuel da Maia school between 2022 and 2023. The internship was carried out with teenagers from the 2nd cycle, selected for showing inappropriate behavior in the classroom, aggressiveness (suffering or practicing bullying), lack of motivation and/or diagnoses such as ADHD. The challenges inherent to this phase of development are summarized as: consolidating identity, obtaining greater social competence, and learning to self-regulate emotionally. Based on the reference of music therapists who work with teenagers in a school context, and Manuel da Maia's objectives, individual and group sessions were held weekly, of which two case studies stand out. It is concluded that strategies that combine freedom and control, such as musical improvisation, can be effective in working with adolescents in a school context. Through improvisation, demotivation and aggressiveness, as well as ADHD symptoms, were minimized in some cases, promoting self-expression, social competence and emotional regulation in both case studies.