Criação e referência na arquitectura

Abstract

O homem enquanto criação é perfeito, pois é obra de Deus, o Supremo Arquitecto. O homem é criação e simultaneamente criador. Aceite este pressuposto, não é de estranhar que inconscientemente o homem enquanto criador persiga a condição subjacente à sua condição, a de criação de Deus - ou seja, a perfeição - e o faça com pleno enlevo e num total estado de entrega, que muitas referências máximas para a criação da sua cidade e que essas duas referências possuem diferentes propósitos, como tal, expressam-se em planos distintos. Uma alude a uma dimensão cósmica-religiosa-espiritual, onde o homem busca abarcar a complexidade da Criação do Universo, com o intento de nas suas acções lhe dar continuidade, denotando um propósito que é, o estabelecer uma ordem com a obra que o antecedeu. O outro plano consiste, em considerar a obra como a resultante das necessidades do próprio homem. sendo neste caso, esse o critério da Referência nas criações do homem, isto é, o homem cria a obra como uma resposta às suas própias necessidades, que podem ser funcionais, comemorativas, estéticas, etc. Quando tal acontece, as obras têm dificuldade em projectar-se no tempo, pois essas referências por serem efémeras, por resultarem como respostas a necessidades específicas, circunstanciais, deixam de fazer sentido quando a questão ou realidade/necessidade que as fez nascer, deixa de se colocar. Essas realidades variam de país para país, de geração para geração e, por não passarem disso mesmo, por serem necessidades específicas de um dado local ou período da História, apresentam-se como referências menores, por não terem uma escala e uma génese intemporais. É maioritariamente neste pendor que, sobretudo depois da queda dos grandes impérios, as Referências geradas pelo homem, nas suas cidades se podem situar, a escala da obra do homem, logo a sua própria obra, passou a pautar-se por novos critérios, onde os condicionalismos económicos podem ser apontados com tendo um papel relevante.

The human being as in creation is perfect, since he is the master piece of God the Supreme Architect. He is simultaneously creation and creator. Therefore, it's not hard to understand, that unconsciously the human being as creator wisches to accomplish the condition in definition to his condition, as the cration of God, meaning the accomplishment of perfection - doing it in total states of deliver, that many understand inspiration and others as love. The Human Being for creation uses the maximum references for the creation of his city and those two References have different purposes, therefore they express themselves as distinct plans. One has a cosmic.religious-spiritual dimension, where the Human Being tries to enclose the complexity of the Universe Creation, with the intent to print in his actions continuity, showing out a purpose of establishing an order with the creation that existed before. The other plan consist in considering the creation as product pf the necessity of the Human Being, which is the criterion of the Reference in the Human creations, meaning that the Human creates in order of his own necessities. When such thing happens, the creation has some difficulty in projecting it self throughout time, because the references are not relevant and are the result of specific necessities of the moment, but when the purpose or reality/necessity which made it appear makes no sense, this matter never takes place. These realities change throughout the countries, from generation to generation, as specific necessities of certain place or history period and for this reason reveal themeselves as minor references, since there is not timeless scale or genesis. Mostly after the overcome of the big empires, the References generated by the Human Being became to be accomplished throughout new where the economical matters could be pointed out as an important cause.