Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/6191
Título: Cheios e vazios desdobrados na arquitectura : uma perspectiva epistemológica : o Metro do Porto como caso de estudo
Autor: Almeida, Diana Alexandra Chumbo de
Orientador: Fabião, Henrique Jorge Gonçalves
Palavras-chave: Arquitetura
Espaço urbano
Vias de comunicação - Metro
Porto (Portugal)
Data: 2022
Resumo: O Metropolitano surgiu na cidade do Porto com a finalidade de regenerar a malha urbana do Grande Porto. A escassez de recursos [de infraestruturas] que conectassem o centro urbano com outros núcleos1 periféricos contribuiu para a aplicação do transporte na urbe. Determinados espaços existentes no centro da cidade foram-se degradando e tornaram-se Vazios Urbanos2, lugares sem função para a época. Com a implementação do Metropolitano na urbe, muitos desses lugares foram regenerados pela apropriação desta infraestrutura. Face a tais alterações no território do Grande Porto, optamos por balizar a investigação nesta cidade, uma vez que grande parte das estações subterrâneas localizam-se na Invicta [até à atualidade]. Propomos como título, ‘Cheios e Vazios Desdobrados* na Arquitetura — Uma perspectiva epistemológica’. O subtítulo, ‘O metro do Porto como caso de estudo’, surge com o objetivo de analisarmos o espaço das estações e as suas conexões na superfície e no subsolo da cidade. Pretendemos aprofundar os conceitos 'cheio e vazio' na arquitetura, na superfície e no subsolo desse mesmo território, através do método do desdobramento. Tal investigação teórica baseia-se num discurso — pensamento crítico das formas arquitetónicas, que concebem espaços. Defendemos que os conceitos cheio* e vazio,* aplicados no método de desdobrar, podem contribuir para a regeneração dos lugares, das cidades, dos territórios sem identidade, através da disciplina da arquitetura. O tema da cidade encontra-se em constante debate. Nesta perspetiva, surge a questão: Comparando a cidade à superfície com a cidade subterrânea, qual a evolução dos cheios e dos vazios, através do Metro? Com base na questão enunciada, adotamos o método comparativo, não-intervencionista. Baseamo-nos em exemplos similares, através dos quais pretendemos realçar casos concretos, onde se aplicam tais estratégias. No caso Europeu, a Suíça enquadrou-se no tema como exemplo, devido às características morfológicas do território e pelo fato de demonstrar o caráter inovador na conceção de traçados ferroviários em subsolo. Adotou o método de subtração e/ou de perfuração no subsolo, estratégia que contribuiu para encurtar distâncias entre as diversas povoações. Tal método — ‘escavar’, representa na investigação, a estratégia [segundo critérios próprios de identidade] a aplicar na malha urbana, nos territórios, nos espaços sem identidade, segundo o conceito de desdobramento. Como referiu Robert Smithson [1996: 6], (…) O espaço é nada, agora nós temos, sobre ele, uma questão de expectativa (…)3 . A investigação centra-se em três correntes teóricas, nomeadamente: nas teorias da subtração, Arquitecturas Escavadas de Mario Algarín Comino4; nos Territórios de Solà- Morales5; e no tema da Cidade Genérica de Rem Koolhaas6. Centrados nas correntes teóricas, concebemos a seguinte hipótese para a questão da investigação: ‘O Metro Faz Cidade’. Segundo os autores referenciados, deduzimos que a cidade se transforma e regenera. Através dos conceitos vazio e cheio, geram-se espaços, interligam-se lugares e conecta-se o ‘todo’. O discurso urbano movimenta-se, convergindo e divergindo no território, no qual o metropolitano e o homem são protagonistas da metamorfose urbana, que se estrutura através do desdobramento de lugares.
Abstract: The Metropolitan arose, in the city of Porto, with the intent to regenerate the urban fabric of Greater Porto. The scarcity of resources [infrastructures] that would connect the urban center to other peripheral clusters7 has contributed to implementing the transport in the city. Certain spaces within the city center have degraded and became Urban Empties8 , places with no function for their time. With the implementation of the Metropolitan in the city, many of these places have been regenerated through the appropriation of this infrastructure. In the face of such changes within Greater Porto, we have opted to focus our investigation within this city, since many of the underground stations are located in the Invicta [to the present day]. We proposed, the title, ’Solid and Void Unfolded* in architecture - A epistemological perspective’. The subtitle, ‘Oporto subway as a study case’, derives from the intent to assess the stations spaces and their connections at the city's surface and subsurface. We attempted to deepen the concepts of solid* and empty* in architecture, both at that territory's surface and underground level, through the unfolding method. This theoretical investigation is based upon a discourse — the critical thinking of the architectonical shapes that conceive spaces. We defend that the full and empty concepts, when applied to the unfolding method, can contribute to the regeneration of places, cities, territories without an identity, through the subject of architecture. The city's theme is in constant debate. From this perspective, the following question arises: Comparing the city at surface to the city at underground, what is the evolution of the solids and voids, through the Metropolitan? Based on the enunciated question, we adopted the comparative, non-interventionist method. We sought to demonstrate, based on similar examples and according to concrete cases, where such strategies are applied. In the European case, Switzerland fit the theme as an example, due to the territory's morphological characteristics and that it demonstrated its innovative character in the underground railway's design. It adopted the subtraction and/or underground perforation method, a strategy that contributes to shorten distances between different settlements. The 'digging' method represents, in this investigation, a strategy [according to its own identity criteria] to be applied in the urban fabric, in the territories, in the spaces without identity, following the unfolding concept. As Robert Smithson [1996: 6] mentioned, (…) Space is ‘nothing’, yet we all have a kind of vague faith in it.(…)9. The investigation is centered around three theoretical approaches, namely: subtraction theories, as in Mario Algarín Comino's Excavated Architectures10; Solà-Morales Territories11; and Rem Koolhaas Generic City12. Focused on the theoretical approaches, we designed the following hypothesis for the research question: 'The Subway build the City'. According to the referred authors, we deduce that the city is changed and regenerated. Through the concepts of voids and solids, spaces are generated, places are intertwined and the 'whole' is connected. The urban discourse moves, converging and diverging within the territory, in which the Subway and men are protagonists of the urban metamorphosis, structured though the unfolding of places.
Descrição: Tese de doutoramento em Arquitectura, Universidade Lusíada, Porto, 2021
Exame público realizado a 10 de fevereiro de 2022
URI: http://hdl.handle.net/11067/6191
Tipo de Documento: Tese de Doutoramento
Aparece nas colecções:[ULP-FAA] Teses

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