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Título: 2020 – O ano em que o mundo parou : os primeiros 100 dias da crise CoViD-19
Autor: Coelho, Miguel Alexandre Teixeira, 1970-
Palavras-chave: COVID-19 (Doença) - Aspectos económicos
COVID-19 (Doença) - Política governamental - Portugal
COVID-19 (Doença) - Política governamental
Data: 2020
Resumo: 2020 – O Ano em Que o Mundo Parou. O inicio de 2020 ficou marcado por um acontecimento à escala global cuja dimensão e consequências não têm paralelo nas últimas décadas. Com efeito, a crise pandémica (Covid-19), com origem na China, obrigou à tomada de medidas extremas por parte de um número significativo de países, as quais passaram, nomeadamente, pela imposição de limitações à liberdade de circulação dos indivíduos e à suspensão da atividade económica numa escala sem precedentes. Pretende-se com este artigo avaliar os primeiros cem dias da crise Covid-19, em particular no que respeita ás consequências económico-financeiras. Em primeiro lugar, fica claro que esta crise é distinta de todas as crises anteriores, na medida em que se caracterizou por um choque simultâneo da oferta e procura resultado da paragem abrupta da atividade. Em segundo lugar, constata-se que os mercados financeiros foram os primeiros a reagir, registando-se quedas acentuadas nos índices acionistas e uma fuga dos investidores para a dívida pública de “qualidade” (em detrimento da dívida dos países mais periféricos). De igual forma, foi possível observar que, do lado da economia real, a redução da atividade foi visível na quase totalidade dos setores, mas com particular incidência nos setores dos transportes aéreos, restauração, alojamento e comercio a retalho. Por fim, e apesar das medidas de saúde pública terem tido natureza semelhante nos diversos países e o impacto das mesmas no crescimento económico de curto prazo ser muito semelhante, torna claro que a capacidade de cada uma das economias recuperar desta crise parece ser claramente distinta, podendo conduzir a, médio prazo, ao agravamento das desigualdades.
2020 - The Year the World Stopped. The beginning of 2020 was marked by an event on a global scale whose dimension and consequences are unparalleled in recent decades. Indeed, the pandemic crisis (Covid-19), which originated in China, forced some countries to implement extreme measures, which included, namely, the imposition of limitations on the free movement of individuals and the suspension of economic activity on an unprecedented scale. The aim of this article is to evaluate the first hundred days of the Covid-19 crisis, particularly with regard to the economic and financial consequences. Firstly, it is clear that this crisis is distinct from all previous ones, in that it was characterized by a simultaneous shock of supply and demand, resulting from the abrupt disruption of activity. Second, the financial markets were the first to react, with sharp declines in stock indexes and the, tradicional, investor’s “flight to quality”. Similarly, it was possible to observe that, on the side of the real economy, the reduction in activity was visible in almost all areas, but with a particular focus on the air transportation, restaurants, hospitality and retail trade. Finally, and despite the fact that public health measures have had a similar nature in different countries and their impact on short-term economic growth was very similar, it’s clear that the ability of each economy to recover from this crisis appears to be clearly distinct and may lead to a worsening of inequalities in the medium term.
Descrição: Lusíada. Economia & empresa. - ISSN 1645-6750. - S. 2, n. 28 (2020). - p. 71-106.
Revisão por Pares: yes
URI: http://hdl.handle.net/11067/5599
https://doi.org/10.34628/scg8-zx29
Tipo de Documento: Artigo
Aparece nas colecções:[ULL-FCEE] LEE, n. 28 (2020)

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