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http://hdl.handle.net/11067/5387
Título: | A simbologia e os enigmas do labirinto |
Autor: | Pinto, Luís Filipe Marques |
Data: | 2015 |
Resumo: | Devido à sua incompletude e imperfeição, é provável que o Homem, desde sempre, se tenha sentido atraído pelo desafio de se ‘perder’, para ter a oportunidade de se ‘encontrar de novo’, de forma mais plena e duradoura. Estamos convencidos de que não existe nenhum artefacto mais eficaz para cumprir esse fim do que o labirinto. Com efeito, os labirintos exercem sobre nós um fascínio inexplicável que persiste ao longo da vida e se manifesta na vontade inconsciente de nos auto-desafiarmos e que nos impulsiona a percorrê-los.
O tipo de labirinto que nos interessa especialmente e que será objeto de estudo no âmbito deste trabalho corresponde a uma estrutura de complexidade e extensão variáveis, mas que é constituída por um único percurso que liga o exterior ao centro, onde deverá ter lugar uma paragem mais ou menos breve. O tipo de labirinto em foco não nos conduz a becos sem saída precisamente porque é constituído por um único percurso, que liga o exterior ao seu centro – percurso que deverá ser percorrido nos dois sentidos.
Os labirintos podem ser construídos com as técnicas e os materiais mais diversos e assumir formas e dimensões muito díspares. Os labirintos exteriores executados com arbustos aparados são, na nossa opinião, os mais belos, mas exigem uma manutenção intensa e permanente. Os labirintos interiores que mais nos fascina são os que se encontram no interior das catedrais.
O universo do labirinto é vastíssimo. Devido à abrangência do tema, prescindimos de o dissecar nas suas múltiplas vertentes, optando por nos centrar na simbologia do labirinto e fixando como objetivo principal fazer desabrochar o interesse do leitor para esse mundo deslumbrante. Because of its incompleteness and imperfection, it is probable that man has always been attracted by the challenge of ‘losing’ himself, to have the opportunity to ‘meet himself again’, more fully and lastingly. We are convinced that there is no better artifact to fulfill this purpose than the labyrinth. In fact, labyrinths have over us an inexplicable fascination. This fascination persists throughout life, manifests itself in the unconscious desire of challenging ourselves and impels us to walk inside them. The kind of labyrinth that interests us and that will be our object of study, in spite of its mutable complexity and extent structure, consists of a single path which connects the outside to the center, where there should take place a long or short stop. The type of labyrinth in focus has no dead ends, precisely because it is composed by a single path which connects the exterior to its center – path that should be covered in both directions. Labyrinths can be built with different techniques and different materials and can have very different forms and dimensions. The outdoor labyrinths executed with lopped bushes are, in our opinion, the most beautiful, but require intensive and constant maintenance. The interior labyrinths that most fascinate us are those which we can find inside the cathedrals. The universe of labyrinth is immense. Due to the large scope of the theme, we decided not to dissect the labyrinth in detail, choosing instead to focus on its symbology and setting as main objective the awakening of the reader’s interest for this amazing world. |
Descrição: | Revista arquitectura Lusíada. - ISSN 1647-9009. - N. 8 (2.º semestre 2015). - p. 29-48 |
URI: | http://hdl.handle.net/11067/5387 |
Tipo de Documento: | Artigo |
Aparece nas colecções: | [ULL-FAA] RAL, n. 8 (2.º semestre 2015) |
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