Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/4959
Título: Os lugares em Wim Werdens
Autor: Pinto, Paulo Alexandre Tormenta, 1970-
Data: 2001
Resumo: A visão de Wim Wenders sobre a cidade é caracterizada pelo gosto pelos limites, pelo prazer de os ultrapassar ou por transitar numa espécie de fiuir ou deambulação entre dois espaços, um periférico ao outro, que em alguns casos chegam a fundir-se. Os filmes de Wenders passam-se em zonas esquecidas, em não-lugares por excelência, os actores como que estão alienados buscando algo, ao mesmo tempo que procuram realizar uma interpretação da cidade, que está ao longe, mas quase sempre transitando no limite. Os lugares onde os filmes se passam são como que uma dialéctica entre um exterior sem barreiras e um interior condicionante, sendo os personagens uma espécie de agentes catalisadores destas relações. Neste sentido, há que considerar que a atenção e intervenção marginal crê na "força do lugar", e portanto mantém uma compreensão topológica que é essencialmente moderna, contudo de gosto romântico; que busca o encontro com as formas de alternância que escondem a situação quotidiana. O poder do lugar periférico é o carácter mercurial e fundamental das regiões limítrofes. Repensando esta topologia, Marc Augé propôs o conceito de non-lieu ("não lugar") como produto espacial da condição actual.
Descrição: O lugar / [coordenação de] Victor Manuel Canedo Neves. - Lisboa : Universidade Lusíada, 2001. - P. 63-67.
URI: http://hdl.handle.net/11067/4959
Tipo de Documento: Parte de Livro
Aparece nas colecções:[ULL-FAA] SdA, n. 03 (2001)

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