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http://hdl.handle.net/11067/451
Título: | Características de sustentabilidade de materiais de construção renováveis |
Autor: | Oliveira, Carlos Pinto, Alberto Cruz Reaes, 1932- |
Palavras-chave: | Construção sustentável Materiais de construção - Aspectos ambientais |
Data: | 2011 |
Resumo: | Existe a percepção generalizada da necessidade urgente de implementar medidas concretas que visem a redução do consumo de energia e, consequentemente, das emissões de carbono, entre outras, em todos os sectores da economia e actividade humana. No caso do sector da Construção têm vindo a ser tomadas várias medidas tendentes à melhoria da Eficiência Energética nos edifícios, associadas com a utilização acrescida de Energias Renováveis, com destaque para a micro-geração. Neste contexto, surge a directiva 2010/31/UE, relativa ao desempenho energético dos edifícios. Nesta perspectiva, a obtenção de um patamar elevado da eficiência energética é alcançado através de estratégias de concepção e de isolamento, que visam conceitos como Passive Haus e zero-carbon buildings, mas, até ao momento, pouca atenção tem sido dada aos materiais envolvidos, pois considera-se exclusivamente a óptica da Energia Operacional, i.e.,a energia envolvida exclusivamente no funcionamento e manutenção do edifício durante a sua vida útil. A adopção de uma abordagem de Ciclo de Vida torna-a mais abrangente, levando também a considerar a Energia Incorporada nos processos construtivos e nos materiais envolvidos. Muitos dos materiais utilizados como “isolamento” para incrementar a eficiência energética dos edifícios são obtidos a partir de matéria-prima fóssil, o que não só é um contra-senso, como os converte em objectos potencialmente contaminantes do Ar Interior dos edifícios, bem como do Ambiente, nas suas fases de fabrico e de fim de vida. Como resposta a este problema, começam a surgir no mercado soluções obtidas a partir de “materiais renováveis”, ou seja, materiais naturais, caracterizados por incorporarem o mínimo de energia, serem comparativamente não contaminantes, biodegradáveis e sem riscos evidentes para a saúde humana, como evidenciado pela metodologia ACV (Avaliação do Ciclo de Vida). Destes materiais têm-se destacado a madeira e seus derivados, a cortiça, o algodão, a lã e o cânhamo, entre outros. Algumas críticas são feitas no sentido que se torna uma tarefa difícil, quase impossível, substituir os materiais sintéticos na cadeia de valor da construção, devido à incapacidade de a oferta satisfazer a procura por parte da madeira ou da cortiça (provenientes de florestas ou montados), ou da afectação de áreas de cultivo para fins não alimentares. Porém, existe a possibilidade de obter celulose a partir de colheitas anuais e em rotatividade com os cereais, como é o caso do cânhamo, sendo uma forma concreta de sequestrar carbono, de contribuir para uma construção energeticamente eficiente, saudável e de baixo impacte ambiental. (Carlos Oliveira e Alberto Reaes Pinto) |
Descrição: | Revista arquitectura Lusíada. - ISSN 1647-9009. - N. 3 (2.º semestre 2011). - p. 63-75. |
URI: | http://hdl.handle.net/11067/451 |
ISSN: | 1647-9009 |
Tipo de Documento: | Artigo |
Aparece nas colecções: | [ULL-FAA] RAL, n. 3 (2.º semestre 2011) |
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Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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